Editora: Paralela
Ano: 2014
Edição: 1
Páginas: 231
Original: The Secret Life of Bees
Dedicatória:
Em “A Vida Secreta das Abelhas”, ambientado em uma pequena cidade no sul dos Estados Unidos na década de 60, conhecemos Lily, uma menina de 14 anos branca, criada por Rosaleen, negra e obesa que trabalha com seu pai T. Ray Owens catando pêssegos, já que ele, ausente e violento, não é capaz de falar com Lily sem berrar ou bater nela. Este livro apresenta a temática do preconceito racial, que infelizmente possui forte presença nos meados do século passado e foi por isso que fiz o paralelo com o discurso da Viola.
Nas andanças de Lily e Rosaleen, elas conhecem as irmãs Boatwright: August, June e May. Elas moram em uma extravagante casa rosa e mantém uma criação de abelhas. Elas produzem mel, cera e velas. A marca registrada das irmãs é a produção do mel da Madona Negra, uma versão de Maria.
A narrativa é feita em primeira pessoa, sob a ótica de Lily. As reflexões acerca da ausência materna e do racismo são presentes em todo o livro. Outra temática abordada é a religião. Sobretudo a crença em um modelo diferente de qualquer um que eu já tenha visto: ao reverenciar Maria, elas passam mel na imagem em uma celebração com fartura e muita fé.
O que ficou de mensagem deste livro é a importância de manter-se sereno sob qualquer pressão e dar o seu melhor, contar a verdade sempre e ter fé no amor e na compaixão. Pode parecer bastante óbvio, mas pra mim, nem sempre é assim.
[3] Saber algo pode ser uma maldição na vida de uma pessoa. Eu tinha trocado um pacote de mentiras por um pacote de verdades. Qual deles exigia mais força para ser carregado? Mas era uma pergunta ridícula: depois que se conhece a verdade, não se pode voltar a pegar a mala de mentiras. Mais pesada ou não, a verdade passa a nos pertencer.