Original: Dear Ijeawele, or a Feminist Manifesto in Fifteen Suggestions
Em Março deste ano, li pela primeira vez Chimamanda em “Sejamos Todos Feministas”. Foi meu primeiro contato com a autora, apesar de já a conhecer de nome.
Volto a ela agora em Outubro, mas desta vez ela escreve para crianças. Sim, para crianças.
Apesar de eu nunca ter sido feminista (estranho dizer isso, né?), li e concordei com tudo o que Chimamanda diz neste livro epistolar, que escreve em resposta a uma amiga que lhe pede conselhos para a filha recém nascida. São 15 conselhos escritos de forma simples, direta e com muita clareza sobre esta questão de gênero.
Além do exercício que este livro nos traz, a auto-reflexão do papel da mulher nos dias atuais, é também um guia, ainda que muito particular de uma das maiores escritoras da atualidade sobre o que é ser mulher em um mundo tão misógino.
Talvez eu não seja feminista por entender que cansei das piadinhas machistas desde a escola técnica até o mestrado. No mercado de trabalho, no tatame e na vida. Ser uma mulher mais capaz intelectualmente do que muitos homens não faz, infelizmente, você ser mais apta e ensurdecer para a hostilidade do sexismo.
Agora que ganhei minha primeira sobrinha, será um livro que ela lerá assim que conseguir entender o que é o mundo. Quero deixar para ela um legado de livros bem escritos, onde Chimamanda certamente figurará na lista. Já recomendei para uma amiga de infância para que ela compre para sua filha.
Uma leitura rápida, mas que vale muito. Viva Chimamanda.
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