Sejamos Todos Feministas

Autor: Chimamanda Ngozi Adichie
Editora: Companhia das Letras
Ano: 2015
Edição: 1
Páginas: 64
Tradução: Cristina Baum
Original: We Should All Be Feminists

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Nunca fui feminista. Nem quando me dei conta, ainda criança, que ser mulher é sinônimo de, em muitos lugares, ter capacitação inferior. Em verdade, sempre acho que o homem pode pagar a conta toda, que pode abrir a porta do carro e que pode carregar as malas pesadas em uma viagem de lua de mel. Homem tem testosterona, é mais evoluído fisicamente. Não sangra todo mês e pode fazer xixi em qualquer lugar. Claro, eu não acho que por causa disso ele precise ganhar mais, mesmo tendo o mesmo cargo que eu. Ao mesmo tempo, não acho que uma mulher precise de um homem para ser feliz ou para ser sustentada. Tenho cá minhas convicções, ou se você quiser pensar, posso ser apenas um pouco romântica.

De uns tempos para cá, a expressão “empoderamento feminino” tem ganhado cada vez mais força. É esquisito, em pleno ano de 2017, precisar ler que as mulheres têm ganhado cada vez mais espaço no mundo dos homens. Tão estranho quanto ouvir outras atrocidades acerca de negros, asiáticos, latinos, gays e deficientes. Enfim, o mundo é assim. Não precisa ser, mas é.

Chimamanda escreve com leveza e um sutil tom de desabafo e fé sobre a supressão feminina. O livro é verdadeiro e ela usa suas próprias reflexões para contar como a desigualdade de gênero afeta sua vida.

Este livro é uma adaptação da palestra da autora no TEDx Euston de 2002.

Viva Chimamanda!

Destaque:

[1] Homens e mulheres são diferentes. Temos hormônios em quantidades diferentes, órgãos sexuais diferentes e atributos biológicos diferentes — as mulheres podem ter filhos, os homens não. Os homens têm mais testosterona e em geral são fisicamente mais fortes do que as mulheres. Existem mais mulheres do que homens no mundo — 52% da população mundial é feminina, mas os cargos de poder e prestígio são ocupados pelos homens. A já falecida nigeriana Wangari Maathai, ganhadora do prêmio Nobel da paz, se expressou muito bem e em poucas palavras, quando disse que quanto mais perto do topo chegamos, menos mulheres encontramos.

Sobre carolinayji

Desde que me conheço por gente, há algumas décadas, sou eu.
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