Garota Dinamarquesa

Autor: David Ebershoff
Editora: Rocco
Ano: 2000
Edição:
Páginas: 368
Tradução: Paulo Reis
Original: The Danish Girl

Dedicatória:
Para Mark Nelson

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Dinamarca para mim, desde criança, sempre foi o país com D que eu escrevia com minha irmã na adedanha.

Esta é uma história inspirada em um fato real, na Dinamarca da década de 20.

Em “Garota Dinamarquesa”, conhecemos Einar Wegener, um pintor dinamarquês famoso por retratar com grande realismo os pântanos das memórias da sua infância. Ele é casado com Greta, uma californiana que conheceu no curso de pintura onde lecionava. Ela também é pintora (não de natureza, mas de retratos burgueses), e que no início da história, está tentando ter seu talento reconhecido como o marido.

Já no início, ficamos sabendo que Greta, juntamente com sua amiga Ana, propõem vestir Einar de mulher, para que ele sirva de modelo para ela terminar sua pintura, dado que uma cantora de ópera faltou à sessão. É a partir deste ingênuo pedido que o aceite de Einar inconscientemente começa a pôr em risco seu casamento. Ana e Greta o batizam de Lili.

No princípio, Greta encoraja o marido a vestir-se de Lili como se encarnar um personagem fosse algo muito divertido. Além de sair na companhia da esposa, ele também começa a sair sozinho na rua. Após várias saídas de Lili sozinha, ela começa a estranhar-se com Greta. Em parte, porque ela começa a relacionar-se com homens; em parte, porque Einar quase já não aparece. Quando conhece Henrik, Lili apaixona-se e decide fazer a mudança de vez. Com a ajuda de um médico que estava estudando técnicas que ainda não haviam sido testadas (a primeira trans desistiu da operação), ela vai para a Alemanha tratar-se. Lá fica internada por meses.

A transição de Lili (tanto psicológica como física) certamente é um marco na linha do tempo da história dos trans. Se hoje, em 2016, ainda há muita dificuldade em aceitarmos o próximo, como teria sido na época de Lili? Além disso, imaginar que uma cirurgia tão complicada possa ter sido feita na década de vinte, é realmente impressionante. Infelizmente esta história não termina muito bem, para ninguém.

A adaptação para o cinema de “Garota Dinamarquesa” foi indicada para ganhar 4 Oscars em 2016. Alicia Vikander levou o troféu de melhor atriz coadjuvante.

Destaque:

[1] “Marquei a cirurgia para uma manhã de quinta-feira. Ia ser no anfiteatro; muita gente pedira para assistir, além de alguns médicos da Clínica Pirna. Eu sabia que, se conseguisse fazer aquilo, seria algo extraordinário, algo com o qual ninguém jamais sonhara. Quem poderia imaginar que fosse possível passar de homem a mulher? Quem arriscaria sua carreira tentando algo que parecia tirado de um mito? Bom, eu ia tentar.”

 

 

Sobre carolinayji

Desde que me conheço por gente, há algumas décadas, sou eu.
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