O Apanhador No Campo de Centeio
Autor: J. D. Salinger
Editora: Editora do Autor
Ano: 2012
Edição: 18ª
Páginas: 208
Original: The Catcher In The Rye.
Sabe aquele livro que você tem consciência que deveria ter lido há mais tempo? É, é esse. Estar atualmente balzaquiana, não me impede, porém, de ter a mesma gana de ler este livro. Escrito em 1951, pode-se dizer que este romance, repleto de humor ácido e uma narrativa ranzinza é um ícone de várias gerações.
Holden Caufield tem apenas 16 anos, e uma aguda descrença no universo. Já no início da história, ele se apresenta como o maior mentiroso do mundo, adjetivo que se revela com autoridade a cada página. Tudo começa com a expulsão do Colégio Pencey, e sua peregrinação para voltar para casa mais cedo. Holden sai do internato disposto a passar um final de semana em Nova York, querendo evitar o fato desconfortável de noticiar seus pais que havia sido expulso da escola.
Sua única esperança está no amor que sente por sua irmãzinha Phoebe, e no seu âmago, em todas as crianças do mundo. Ele tenta mudar sua vida que está desabando, faz planos mirabolantes, rege a vida com bebida e cigarros. Muitos cigarros.
Este livro trata a solidão, e paralelamente, passa uma mensagem de esperança. Esperança no futuro que as crianças podem construir.
Após a leitura de O Apanhador no Campo de Centeio, com certeza lerei a biografia de J. D. Salinger, que viveu recluso até sua morte, em Janeiro de 2010.
Na verdade, pela sinopse simples, o livro não me despertou muito interesse. No entanto, sua história é bastante envolvente, contrariando as baixas expectativas . O livro ganhou ainda mais notoriedade por causa da polêmica acerca do assassinato de John Lennon. Mark David Chapman disse ter atirado no cantor a mando de Holden Caufield, mesmo que no livro não seja citado o nome da banda em nenhum momento. Outras tentativas de assassinato foram relacionadas com o livro, como a do ex-Presidente dos EUA, Ronald Reagan. O livro virou base para conspirações que afirmam que ele desencadeia o “lado assassino” nas pessoas.
Bem, li e gostei bastante do livro. E não senti o instinto assassino desabrochar em mim.
Destaque:
“(…) – O Allie já morreu… Você sempre diz isso! Se alguém já morreu e tudo, e está no céu, então não é mais…
– Sei que o Allie já morreu! Você acha que eu não sei? Mas mesmo assim posso continuar gostando dele, não posso? Pomba, só porque uma pessoa morreu não quer dizer que a gente tem que deixar de gostar dela… Principalmente se era mil vezes melhor do que as pessoas que a gente conhece, e que estão vivas e tudo.”
Curioso para ler o livro! Quero ler mais críticas!
Onde eu curto!?rs
Muito bom. Fiquei com vontade de ler o livro p saber se meu lado assassino será despertado..rs
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Também adorei e não virei assassino. 🙂
Holden em essência: “I thought what I’d do was, I’d pretende to be one of those deaf-mutes. That way I wouldn’t have to have any goddamn stupid useless conversation with anybody.”
Consigo imaginar um adolescente com esse nível de amargura, mas não com aquela quantidade de cigarros. hahahaha
Concordo com “Na verdade, pela sinopse simples, o livro não me despertou muito interesse.”. *rs
Muito interessante! Alguem ai já leu a continuação que Fredrik Colting fez